Começou mais uma Liga de futebol. Esta edição afirma, de uma forma inequívoca, uma tendência em que o futebol se define, através dos seus principais actores, como um fenómeno global, sem fronteiras e fortemente internacionalizado. Cada campeonato de futebol na Europa – não fugindo Portugal à regra – vê competir no seu seio equipas multinacionais, compostas por jogadores de todo o Mundo. Cada clube é, de certa maneira, uma selecção mundial de valores futebolísticos, consoante a capacidade financeira e de selecção de talentos de cada equipa dirigente, não importando a sua origem nacional ou étnica. Assim, a edição de 2007/2008 da Liga portuguesa tem inscritos 215 atletas estrangeiros, que representam 52% do total de jogadores este ano. Provêem de 39 países diferentes, de quatro continentes e falam 17 línguas diferentes.
Destacam-se neste cenário, entre outros, o Boavista com 14 nacionalidades na mesma equipa, incluindo jogadores do Liechtenstein, Mali, Nigéria, Áustria ou França. Também o Benfica regista dez nacionalidades de quatro continentes, juntando um chinês com norte-americano ou um paraguaio com costa-marfinense. Este cenário faz do futebol um dos mais interessantes terrenos do diálogo intercultural. A partir das diferenças de línguas e de culturas, cada conjunto heterogéneo de jogadores vai ter de se transformar numa Equipa. Criar unidade a partir da diversidade. Jogar articulado em função de um objectivo comum. Viver em regime de interdependência, onde ninguém vence sozinho. Não há melhor metáfora do que a que nos espera no futuro próximo. O futebol é, neste aspecto, um laboratório das novas sociedades.
Há, naturalmente, outro eixo desta realidade. Também não há fronteiras para os jogadores – e treinadores – portugueses, estando muitos dos nossos melhores espalhados por vários clubes no estrangeiro, também em equipas fortemente multiculturais. Quando olhamos a nossa selecção nacional, verificamos que 2/3 dos jogadores não jogam em Portugal. Com vantagens evidentes para eles e para todos nós. Não só afirmam o nome de Portugal nos vários campeonatos onde vingam (basta pensar em Ronaldo ou Ricardo Carvalho em Inglaterra) como adquirem uma experiência internacional que os faz desenvolver fortemente as suas capacidades. E dessa evolução tem beneficiado, nomeadamente, a nossa Selecção.
Alguns mais ‘nacionalófilos’, seguidores de uma desfasado sentimento de ‘orgulhosamente sós’, contestam esta tendência, preferindo uma versão mais paroquial do campeonato nacional. Estão no seu direito, mas em contramão com o curso da História. As nossas sociedades serão cada vez mais multiculturais como consequência de uma forte mobilidade humana. Encontraremos a diversidade cultural e étnica como regra e vamos ter de a saber gerir. A globalização também se impõe no futebol, como em toda a sociedade. E se a soubermos gerir, tiraremos grandes benefícios dela.
Correio da Manhã, 15/8/2007
23 agosto 2007
O salário dos políticos
Numa entrevista concedida ao ‘Expresso’, no passado sábado, o dr. Paulo Macedo, ex-director-geral dos Impostos, desfia um conjunto de argumentos que explicam muito do seu sucesso. Não é comum, em Portugal, termos um alto funcionário público, em funções particularmente sensíveis co-mo a cobrança de impostos, que tenha granjeado um tão largo apoio e expressivo respeito. Torna-se cada vez mais evidente que se perdeu – por agora – um servidor público de primeira água. Fica-se na expectativa de que, mais tarde ou mais cedo, Paulo Macedo possa regressar e, particularmente, pondere uma intervenção política, enquanto espaço nobre de serviço à comunidade. Fazem falta homens como ele.
Dos muitos aspectos relevantes da entrevista, a questão do salário dos políticos e dos altos funcionários do Estado mereceu destaque. É dos temas mais glosados na demagogia populista, no quadro sempre apreciado de ‘malhar’ nos políticos. Por isso, ninguém ousa corrigir esta situação.
Olhando para os cargos de eleição ou nomeação política, devemos situá-los como missões de serviço público. Durante um período de tempo, obrigatoriamente limitado, alguns são chamados a cumprir esse serviço ao bem comum. Sendo naturalmente um trabalho a tempo inteiro e de dedicação exclusiva, deve ser remunerado. Como? Devemos referenciá-los ao salário médio dos portugueses ou ao topo à escala da Função Pública? Este sistema de hierarquia leva-nos, como denuncia Paulo Macedo, a que o Presidente da República ou o primeiro-ministro ganhem tanto quanto um jovem director de marketing de uma empresa média e significativamente menos do que qualquer gestor público.
Mas, se organizássemos o sistema remuneratório atendendo à complexidade e desgaste do cargo ou aos valores de mercado para funções equiparadas, aceitando pagar salários ao nível do mundo empresarial, afastaríamos ainda mais os cidadãos da política e a situação tornar-se-ia insustentável.
Creio, no entanto, que há uma solução intermédia e equilibrada. Sendo uma missão de serviço público, a dimensão salarial no exercício de cargos políticos deveria ser neutra. Não devia contar nada. Isto é, o Estado deveria remunerar os políticos exactamente ao mesmo nível do que ganhavam anteriormente. Com um valor apurado a partir da média dos últimos três anos dos seus rendimentos declarados no IRS, teríamos provavelmente o valor justo. Nuns casos mais alto, noutros mais baixo. Como era antes da política, assim se manteria. Este modelo traria várias vantagens. Desde logo, ninguém decidiria pelo exercício de um cargo político em função do vencimento, pois ficaria exactamente na mesma. Alguns não excluiriam liminarmente este serviço público, como hoje acontece, por perderem milhares de euros, nem outros se candidatariam, pois essa opção não lhes traria nenhuma melhoria em relação à sua situação financeira anterior. E, no fim, ganharíamos todos.
Correio da Manhã, 8/8/2007
Dos muitos aspectos relevantes da entrevista, a questão do salário dos políticos e dos altos funcionários do Estado mereceu destaque. É dos temas mais glosados na demagogia populista, no quadro sempre apreciado de ‘malhar’ nos políticos. Por isso, ninguém ousa corrigir esta situação.
Olhando para os cargos de eleição ou nomeação política, devemos situá-los como missões de serviço público. Durante um período de tempo, obrigatoriamente limitado, alguns são chamados a cumprir esse serviço ao bem comum. Sendo naturalmente um trabalho a tempo inteiro e de dedicação exclusiva, deve ser remunerado. Como? Devemos referenciá-los ao salário médio dos portugueses ou ao topo à escala da Função Pública? Este sistema de hierarquia leva-nos, como denuncia Paulo Macedo, a que o Presidente da República ou o primeiro-ministro ganhem tanto quanto um jovem director de marketing de uma empresa média e significativamente menos do que qualquer gestor público.
Mas, se organizássemos o sistema remuneratório atendendo à complexidade e desgaste do cargo ou aos valores de mercado para funções equiparadas, aceitando pagar salários ao nível do mundo empresarial, afastaríamos ainda mais os cidadãos da política e a situação tornar-se-ia insustentável.
Creio, no entanto, que há uma solução intermédia e equilibrada. Sendo uma missão de serviço público, a dimensão salarial no exercício de cargos políticos deveria ser neutra. Não devia contar nada. Isto é, o Estado deveria remunerar os políticos exactamente ao mesmo nível do que ganhavam anteriormente. Com um valor apurado a partir da média dos últimos três anos dos seus rendimentos declarados no IRS, teríamos provavelmente o valor justo. Nuns casos mais alto, noutros mais baixo. Como era antes da política, assim se manteria. Este modelo traria várias vantagens. Desde logo, ninguém decidiria pelo exercício de um cargo político em função do vencimento, pois ficaria exactamente na mesma. Alguns não excluiriam liminarmente este serviço público, como hoje acontece, por perderem milhares de euros, nem outros se candidatariam, pois essa opção não lhes traria nenhuma melhoria em relação à sua situação financeira anterior. E, no fim, ganharíamos todos.
Correio da Manhã, 8/8/2007
Meio vazio? Meio cheio?
É velha a história de quem, olhando o mesmo copo, o vê meio cheio ao lado de outra pessoa que o vê meio vazio. A realidade é assim mesmo: tem sempre esses dois lados, pois copos cheios, provavelmente, só no paraíso. A questão, no entanto, coloca-se quanto ao olhar tendencial que preferimos. Começamos por valorizar o que já temos ou preferimos olhar para o que falta? E quando o fazemos qual a consequência que daí retiramos?
Qualquer um de nós recorda imediatamente uma mão cheia de amigos que não conseguem ver mais do que copos sempre meio vazios. Não dão oportunidade para ver o lado positivo da realidade. Aliás, esse é um vício nacional e o pior do nosso fado. Já mais difícil é encontrar quem seja um caso típico de ver sempre o copo meio cheio. Parece mal, na nossa terra, ser optimista.
Nos últimos tempos, não é preciso, aliás, procurar muito para encontrar exemplos ilustrativos da onda negativa. Há dias, após o anúncio da extensão do abono de família, até ao terceiro mês de gravidez e a sua duplicação e triplicação para segundo e terceiro filhos, o título de um jornal sublinhava que talvez 10% dos nascimentos ficasse fora deste benefício e outras vozes limitaram-se a dizer que era insuficiente e tardio.
Copo meio vazio, pois. No dia seguinte, perante 400 milhões de euros de investimento na modernização do sistema educativo, nomeadamente através do forte reforço da disponibilização de tecnologias de informação na sala de aula, os comentários dividiram-se entre as tecnologias não serem o mais importante ou sobre episódio das crianças contratadas pela agência que preparou o evento.
Mais tarde, perante o lançamento da iniciativa ‘Casa Pronta’, que permite tratar com celeridade as questões de compra e venda de casa, prefere-se sublinhar a eventual inconstitucionalidade, despertada por um parecer jurídico encomendado pelos notários, que se sentem prejudicados nos seus interesses por este serviço. Poderíamos continuar a desfiar exemplos.
É evidente que parte deste fenómeno decorre dos jogos políticos no seu pior.
O maldizer, mesmo perante as coisas objectivamente boas, vive do bota abaixo ou na melhor das hipóteses do discurso do copo meio vazio. Note-se que se essa crítica fosse séria, poderia não ser má. Seria, nesse caso, um incentivo para encher o que falta do copo e, assim, seria útil para transformar a realidade. Mas não. Com esta atitude só se cultiva o desânimo e a descrença. Nunca gozamos o que já temos e não transformamos o que nos falta através da ambição de o conquistar.
Não nos contentamos, nem nos mobilizamos. Simplesmente, lamentamo-nos. E quem se lamenta, não chega a lado nenhum.
O grande desafio para todos nós passa por cultivar uma atitude simultaneamente positiva e realista, de quem reconhece que o copo está, ao mesmo tempo, meio cheio e meio vazio. Mas só com um olhar positivo, registando que o copo já está meio cheio, ganharemos energia para encher o que falta. E que ninguém encherá por nós.
Correio da Manhã, 1/8/2007
Qualquer um de nós recorda imediatamente uma mão cheia de amigos que não conseguem ver mais do que copos sempre meio vazios. Não dão oportunidade para ver o lado positivo da realidade. Aliás, esse é um vício nacional e o pior do nosso fado. Já mais difícil é encontrar quem seja um caso típico de ver sempre o copo meio cheio. Parece mal, na nossa terra, ser optimista.
Nos últimos tempos, não é preciso, aliás, procurar muito para encontrar exemplos ilustrativos da onda negativa. Há dias, após o anúncio da extensão do abono de família, até ao terceiro mês de gravidez e a sua duplicação e triplicação para segundo e terceiro filhos, o título de um jornal sublinhava que talvez 10% dos nascimentos ficasse fora deste benefício e outras vozes limitaram-se a dizer que era insuficiente e tardio.
Copo meio vazio, pois. No dia seguinte, perante 400 milhões de euros de investimento na modernização do sistema educativo, nomeadamente através do forte reforço da disponibilização de tecnologias de informação na sala de aula, os comentários dividiram-se entre as tecnologias não serem o mais importante ou sobre episódio das crianças contratadas pela agência que preparou o evento.
Mais tarde, perante o lançamento da iniciativa ‘Casa Pronta’, que permite tratar com celeridade as questões de compra e venda de casa, prefere-se sublinhar a eventual inconstitucionalidade, despertada por um parecer jurídico encomendado pelos notários, que se sentem prejudicados nos seus interesses por este serviço. Poderíamos continuar a desfiar exemplos.
É evidente que parte deste fenómeno decorre dos jogos políticos no seu pior.
O maldizer, mesmo perante as coisas objectivamente boas, vive do bota abaixo ou na melhor das hipóteses do discurso do copo meio vazio. Note-se que se essa crítica fosse séria, poderia não ser má. Seria, nesse caso, um incentivo para encher o que falta do copo e, assim, seria útil para transformar a realidade. Mas não. Com esta atitude só se cultiva o desânimo e a descrença. Nunca gozamos o que já temos e não transformamos o que nos falta através da ambição de o conquistar.
Não nos contentamos, nem nos mobilizamos. Simplesmente, lamentamo-nos. E quem se lamenta, não chega a lado nenhum.
O grande desafio para todos nós passa por cultivar uma atitude simultaneamente positiva e realista, de quem reconhece que o copo está, ao mesmo tempo, meio cheio e meio vazio. Mas só com um olhar positivo, registando que o copo já está meio cheio, ganharemos energia para encher o que falta. E que ninguém encherá por nós.
Correio da Manhã, 1/8/2007
Abstenção aos impostos?
Se todos somos obrigados a pagar impostos não deveríamos igualmente ser obrigados a votar? Ou, visto ao contrário, se podemos não votar porque não admitir também a abstenção nos impostos?
Embora possa parecer absurdo formular estas perguntas, creio que não o é. Ninguém está dispensado de pagar impostos, porque se considera – e bem – que nenhum de nós está isento de contribuir para o esforço colectivo de gerar receitas para que o Estado cumpra as suas funções, seja as de soberania, seja outras de cariz social, como a educação, a saúde ou a solidariedade social. Não há, por isso, a figura da abstenção no pagamento de impostos, ainda que alguém não concorde com a forma como são administrados. Todos somos convocados a dar o nosso contributo, porque o Estado somos nós.
Mas será a democracia em si mesma – representada nomeadamente através do voto em eleições – um bem menor do que qualquer uma destas funções do Estado sustentadas pelos nossos impostos? A resposta peremptória é ‘não’: a construção da democracia é um bem maior do que o financiamento do Estado. É mesmo através do sistema democrático representativo que se determinam a defesa do bem comum e a administração do interesse público. Se discordamos desta gestão é através da participação cívica – nomeadamente votando – que devemos expressar a nossa opinião. Por isso, ninguém pode ficar dispensado de expressar a sua voz, através dos mecanismos democráticos. Votar, mais do que um direito, é um dever cívico. A desvalorização da democracia, decorrente de ser igual ir votar ou não, produz uma degradação na qualidade do regime que, a prazo, todos pagaremos.
Vem isto ainda a propósito das últimas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa, que evidenciaram uma taxa de abstenção altíssima. Seis em cada dez lisboetas não votaram. Essa é, aliás, a tendência crescente dos últimos actos eleitorais. Na análise explicativa que se seguiu assistiu-se a um discurso desculpabilizador dos eleitores. Ainda que sejam motivos com eventual fundamento, constituem uma resposta errada. A verdade é que não é admissível que um cidadão, podendo, não participe numa eleição. É a negação da democracia. Amargo é imaginar que durante tantos séculos, multidões lutaram pelo direito de voto: as minorias étnicas, as mulheres, os jovens... e agora que esse direito está adquirido outras multidões desprezam-no.
Para mais, o voto contempla a expressão de todos as vontades. Da opção por qualquer candidatura até à recusa de qualquer uma deles – voto branco – ou até à expressão de uma qualquer irritação, que anule o voto. Também por isso, não é admissível a abstenção. O nosso sistema democrático deveria reconsiderar a obrigatoriedade do voto, tal como acontece no Brasil. A penalização em relação às faltas injustificadas deveria ter como consequência, inspirada na Grécia Antiga, a perda temporária do estatuto de cidadão. Se não cumprir o dever de votar é demitir-se do estatuto de cidadão, que seja então assumido esse ónus pelos abstencionistas.
Correio da Manhã, 25/7/2007
Embora possa parecer absurdo formular estas perguntas, creio que não o é. Ninguém está dispensado de pagar impostos, porque se considera – e bem – que nenhum de nós está isento de contribuir para o esforço colectivo de gerar receitas para que o Estado cumpra as suas funções, seja as de soberania, seja outras de cariz social, como a educação, a saúde ou a solidariedade social. Não há, por isso, a figura da abstenção no pagamento de impostos, ainda que alguém não concorde com a forma como são administrados. Todos somos convocados a dar o nosso contributo, porque o Estado somos nós.
Mas será a democracia em si mesma – representada nomeadamente através do voto em eleições – um bem menor do que qualquer uma destas funções do Estado sustentadas pelos nossos impostos? A resposta peremptória é ‘não’: a construção da democracia é um bem maior do que o financiamento do Estado. É mesmo através do sistema democrático representativo que se determinam a defesa do bem comum e a administração do interesse público. Se discordamos desta gestão é através da participação cívica – nomeadamente votando – que devemos expressar a nossa opinião. Por isso, ninguém pode ficar dispensado de expressar a sua voz, através dos mecanismos democráticos. Votar, mais do que um direito, é um dever cívico. A desvalorização da democracia, decorrente de ser igual ir votar ou não, produz uma degradação na qualidade do regime que, a prazo, todos pagaremos.
Vem isto ainda a propósito das últimas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa, que evidenciaram uma taxa de abstenção altíssima. Seis em cada dez lisboetas não votaram. Essa é, aliás, a tendência crescente dos últimos actos eleitorais. Na análise explicativa que se seguiu assistiu-se a um discurso desculpabilizador dos eleitores. Ainda que sejam motivos com eventual fundamento, constituem uma resposta errada. A verdade é que não é admissível que um cidadão, podendo, não participe numa eleição. É a negação da democracia. Amargo é imaginar que durante tantos séculos, multidões lutaram pelo direito de voto: as minorias étnicas, as mulheres, os jovens... e agora que esse direito está adquirido outras multidões desprezam-no.
Para mais, o voto contempla a expressão de todos as vontades. Da opção por qualquer candidatura até à recusa de qualquer uma deles – voto branco – ou até à expressão de uma qualquer irritação, que anule o voto. Também por isso, não é admissível a abstenção. O nosso sistema democrático deveria reconsiderar a obrigatoriedade do voto, tal como acontece no Brasil. A penalização em relação às faltas injustificadas deveria ter como consequência, inspirada na Grécia Antiga, a perda temporária do estatuto de cidadão. Se não cumprir o dever de votar é demitir-se do estatuto de cidadão, que seja então assumido esse ónus pelos abstencionistas.
Correio da Manhã, 25/7/2007
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